Nota-se cada vez maior, a crescente nos índices de delitos envolvendo veículos. Em função disso, deve haver uma maior preocupação e cuidado pelos Agentes de Trânsito quando ao parar qualquer veículo para abordagem.
A maioria das pessoas acredita que ocorre certa discriminação concernente a abordagens a motocicletas, que é em maior número do que outros veículos, por parte dos órgãos de fiscalização. Isso decorre das condições mais favoráveis para adquirir uma motocicleta hoje em dia, além da facilidade de deslocamento no trânsito. Todos esses fatores, acabam por chamar a atenção de indivíduos mal intencionados, que fazem da motocicleta uma ferramenta para marginalidade.
Então, como saber quem é marginal ou cidadão de bem?
A população custa a compreender esse tipo de situação e por muitas vezes sentem-se "perseguidos" pelo agente fiscalizador, seja ele policial ou agente de trânsito, mas o agente público deve ser preparado para lidar com este tipo de problemática.
RECOMENDAÇÕES:
Ao contrário da polícia, que deve por sua maioria de abordagens visarem veículos suspeitos, o agente de trânsito deve evitar as abordagens tais veículos. No máximo, autuando-o quando no flagrante de cometimento da infração, a revelia. Muitos podem ser contrários a esta postura, porém, quem vive a vulnerabilidade em decorrência da abordagem são os agentes, cabendo a estes preservar sua integridade física.
Vários são os motivos para o agente evitar o contato pessoal com o condutor, havendo o contato somente em situação que seja indispensável o diálogo entre as partes.
Por sua maioria, os condutores são conflituosos quando comunicados da notificação gerada em decorrência de cometimento de infração de trânsito. Estes, não entendem que o agente não possui poder discricionário para decidir aplicar ou não a notificação. Sempre buscam justificar, e convencer o agente a deixá-lo impune, quando não, questionar sobre a "malícia" do agente em autuá-lo. Sendo assim, para poupá-los e preservarmos de stress, o agente deve analisar com cuidado e paciência o momento de abordar.
Deve-se evitar o sorriso (para o condutor não pensar que está debochando de algo) e a "cara fechada" (para o condutor não achar que você é grosseiro), agindo com naturalidade e cordialidade. Se mesmo assim ocorrer o início de conflito, fique atento a possíveis atitudes do condutor, e comunique-o que o diálogo deverá ser encerrado para os dois não se ofenderem, e o mesmo tem todo direito de questionar, porém não naquele local, e com o agente. Informe a ele que existe órgão capacitado que é para a resolução de abusos ou irregularidades naquele tipo de situação. E, se mesmo assim persistir a relação conflituosa, acione a Central de Operações para apoio da Polícia Militar.
Hoje, os agentes de trânsito não são vistos legalmente como atividade de seguraça pública - para vocês verem o absurdo-, não pertencemos beneficiados por programas do Ministério da Justiça, mesmo quando o Ministério do Trabalho nos enquadra na mesma "família" das Guardas e Polícias. Enquanto perdura esse impasse interpretativo jurídico que envolve nossa categoria, devemos nos abster de variadas eventualidades.
Devemos fazer o que nossa consciência natural, compreender ser certo de fazermos, independente de cobrança do órgão a que pertencemos, pois em suma, o retrato de não reconhecimento dos agentes de trânsito pela sociedade, é tirado por eles, em função do descaso com que somos tratados pelos nossos gestores. E em relação a maioria das críticas da sociedade, vamos enxergá-la destarte, como um despreparo educacional, ocasionado propositalmente pelos poderes Executivo e Legislativo.
Vamos ser cuidadosos, mas não omissos em ajudar a criar um trânsito seguro para todos. E fazer dos obstáculos, suprimentos para nossas conquistas.
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