Olá!
Ouvimos diariamente em diversos locais da cidade, sobre a problemática dos engarrafamentos de trânsito, chegando a conclusão que os semáforos, viadutos e outros meios de remediar já não funcionam como "antigamente". Essa questão se dá em virtude da crescente cada vez maior de veículos que ocupam as vias terrestres, tornando essas vias quase que intransitáveis, deixando os condutores a mercê da lentidão fatigante em seu dia-a-dia.
Diante dessa problematização, vários especialistas da área de tráfego se reuniram para desenvolver estudos voltados a resolução a curto prazo dos engarrafamentos. Eles chegaram a conclusão que o aumento elevado de veículos circulando diariamente nas vias tem influência de determinados fatores, mais um em especial é determinante: a ineficiência do transporte público (ônibus coletivo).
As passagens caras, veículos lotados, falta de higienização dos veículos, entre outras situações vivenciadas nos coletivos, contribuiram significativamente para a migração dos passageiros a condutores do seu próprio veículo. A visão do custo benefício dos consórcios e financiamentos para aquisição de veículos automotores, pelos usuários do sistema de transportes público, foi resultante do sobrecarregamento das pistas. Mais será que as pessoas iriam preferir o coletivo ao invés do particular?
A resposta é sim!
Em pesquisas realizadas em diversas cidades brasileiras, as pessoas responderam que se houvesse um transporte público de qualidade optariam por ele em 80% dos casos de locomoção. Entre as situações de maior opção ao transporte público está; o descolamento ao trabalho.
Para sanar essa pendência da ineficiência do tranporte público, o Bus Rapid Transit - BRT, que é um sistema de ônibus de alta capacidade que provê um serviço rápido, confortável, eficiente e de qualidade. Com a utilização de corredores exclusivos, o BRT simula o desempenho e outras características atrativas dos modernos sistemas de transporte urbano sobre trilhos, com uma fração do seu custo.
Apesar do BRT ter sua origem baseada em ônibus, tem pouco em comum com os sistemas tradicionais de ônibus. Na maioria dos BRT implantados com sucesso, as seguintes características estão presentes:
- corredores exclusivos ou preferência para a circulação do transporte coletivo;
- embarques e desembarques rápidos, através de plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos;
- sistema de pré-pagamento de tarifa;
- veículos de alta capacidade, modernos e com tecnologias mais limpas;
- transferência entre rotas sem incidência de custo;
- integração modal em estações e terminais;
- programação e controle rigorosos da operação;
- sinalização e informação ao usuário.
Os sistemas BRT têm demonstrado potencial para reduzir drasticamente as emissões de CO2 - um exemplo recente do seu impacto na mudança do clima foi o primeiro corredor do Metrobús (sistema BRT da Cidade do México), que está reduzindo 35.000 toneladas de CO2 por ano, ao mesmo tempo em que melhora a mobilidade de 77 milhões de passageiros. Este sistema BRT foi concebido e implementado para servir pelo menos 45 mil passageiros por hora.
Agora fica uma reflexão a todos:
Será necessário o caos ser gerado nas cidades que tendem a expandir de forma desordenada pelo seu potencial populacional econômico, para somente a partir daí se pensar em BRT? Porquê não há desde então uma preparação para a implementação desse tipo de transporte nestas cidades?
Acredito que planejar é sinônimo de economizar, em sentido geral, como tempo, verba pública, transtorno,etc...
Fica o aviso, que as cidades das Regiões Metropolitanas comecem a repensar o método de tratar o problema do trânsito e transporte urbano!
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