Polícia de SP testa bafômetro que aponta embriaguez sem sopro


Os motoristas que trafegam pelas estradas paulistas poderão ser submetidos ainda neste ano a um bafômetro capaz de apontar o estado de embriaguez de determinado condutor pelo hálito, sem que o motorista tenha de soprar o equipamento como ocorre com os bafômetros tradicionais.
Chamado de etilômetro passivo pelo comandante do Policiamento Rodoviário de São Paulo, coronel Jean Charles Oliveira Diniz, o equipamento acaba de passar pela fase avaliação preliminar.
O aparelho - a ser utilizado sempre na primeira abordagem - dará a polícia a dupla vantagem de economizar tempo e evitar constrangimentos à procura de eventuais transgressores, uma vez que conduzirá ao bafômetro tradicional apenas os denunciados pelo etilômetro passivo.
"Fizemos testes e vamos iniciar a licitação para aquisição. Vamos tentar adquirí-los ainda neste ano", disse o comandante. Diniz afirma que o equipamento vai melhorar a perfomance da Polícia Rodoviária nas blitze. "Ele detecta pelo ar expelido se a pessoa está alcoolizada. Aí você tria melhor, submete mais pessoas à fiscalização, sem submeter ao teste bafométrico."
O equipamento testado, de fabricação canadense, tem o formato de um bastão, no qual uma lâmpada (led) indica pela cor o estado de alcoolemia da pessoa submetida ao exame.
"Você detecta se ele (motorista) está alcoolizado. Consequentemente eu não vou constranger pessoas que não estão alcoolizadas ao teste bafométrico. Eu tenho mais qualidade na fiscalização e os resultados apontam que você consegue fiscalizar mais, porque você tem mais testes, mais pessoas fiscalizadas. Aumenta também o número de pessoas flagradas", disse o coronel.
"Quando eu submeto você ao teste, tem um procedimento. E tem o tempo que eu perco você, que pode não estar alcoolizado. Tem motorista que tem o hálito (de álcool) e pode ser um remédio que ele toma. Dependendo do xarope, dá impressão que ele tomou cachaça e não tomou cachaça nenhuma. No outro teste, você submete mais pessoas, sem precisar do mesmo tempo. [Com o etilômetro passivo] em 30 segundos, você conversou e pode dispensar quem não está alcoolizado. Você tem mais qualidade na fiscalização", afirmou.
O capitão Menemilton Soares de Souza Júnior deixa claro que o equipamento não é invasivo. "Na conversa, na abordagem, o policial pede para assoprar. Não é invasivo. E vai apontar se está ou não sob a influência do álcool."
De acordo com o capitão, o etilômetro passivo não indica a concentração de álcool, só aponta se está ou não alcoolizado. Caso seja denunciado pelo primeiro etilômetro, o indivíduo pode ser submetido ao bafômetro tradicional que vai indicar a concentração de álcool no sangue.
Fonte: G1

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